29 de março de 2024 07:28

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“Auxílio coronavírus” e outras fake news que atingem milhões de pessoas pelo Brasil através do Whatsapp

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Golpes que circulam no WhatsApp há pelo menos dez dias se aproveitam do novo coronavírus e já atingiram 2 milhões de usuários no Brasil. Os boatos utilizam nomes de grandes marcas e prometem informações sobre a pandemia da Covid-19, distribuição de álcool em gel, serviços de assinatura grátis ou “auxílio cidadão coronavírus”. Os dados são do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe.

A empresa detectou 19 golpes e seis aplicativos maliciosos que utilizam a pandemia e o período de quarentena como iscas para atrair pessoas. As correntes possuem características semelhantes: prometem um suposto benefício e direcionam o usuário a acessar o link malicioso. No caso dos ataques recentes, alguns textos mencionam testes para saber se o usuário está com o coronavírus.

De acordo com o diretor do dfndr lab, Emilio Simoni, os cibercriminosos utilizam acontecimentos de grande repercussão para tornar o ataque mais verídico. “Alguns golpes se aproveitam de ações reais que grandes empresas e o governo estão realizando para enfrentar o coronavírus, como a doação de álcool em gel e pagamento de benefícios à população”, explica Simoni, que acredita no aumento do número de ataques e de vítimas nos próximos dias.

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É um exemplo o suposto programa de “Auxílio Cidadão 2020”, que alega que trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda têm direito a uma espécie de “auxílio coronavírus” de R$ 200 mensais. Para isso, a vítima teria que fazer cadastro em um site que é, na verdade, um link malicioso.

“Governo Federal iniciou o cadastramento do Auxílio Cidadão que dá uma ajuda mensal no valor de R$ 200 para trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda para ajudar a combater CORONAVÍRUS. Confira se você tem direito ao benefício”.

A corrente passou a ser compartilhada em grupo de WhatsApp neste domingo (22) e foi desmentida no mesmo dia pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. O golpe se aproveita de medidas anunciadas nos últimos dias pelo governo, mas que ainda não foram aprovadas e, portanto, não estão em vigor.

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Outras mensagens que circulam nas redes sociais contém fake news sobre a situação da pandemia do novo coronavírus. Segundo pesquisa do dfndr lab, cerca de 42,5 milhões de brasileiros já receberam ou acessaram notícias falsas sobre a Covid-19. Para 43,2% dos entrevistados, o WhatsApp é o principal vetor para os boatos.

O mensageiro tem tomado medidas para evitar desinformação no aplicativo, como o lançamento de um site exclusivo para informações sobre o novo coronavírus. Além disso, a versão beta do WhatsApp anunciou, neste sábado (21), testes de uma ferramenta para pesquisar diretamente no Google o texto de mensagens frequentemente encaminhadas. O objetivo do recurso é permitir que os próprios usuários possam conferir a veemência das informações muito repassadas no aplicativo.

Como se proteger
O laboratório especializado em segurança digital da PSafe indica aos usuários alguns métodos para evitar ataques pelo WhatsApp. É preciso desconfiar de mensagens sensacionalistas ou que oferecem brindes, além de buscar fontes oficiais, como o Ministério da Saúde, e jornais e sites confiáveis que possam confirmar uma informação.

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O Ministério da Saúde conta com o WhatsApp (61) 99289-4640 para desmentir as fake news enviadas por cidadãos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um bot (em inglês) no WhatsApp, na última sexta-feira (20), para esclarecer dúvidas de usuários por meio de respostas automatizadas, como métodos de prevenção, mitos e verdades, e sintomas do novo coronavírus.

O laboratório também disponibiliza um serviço de checagem de links pelo endereço (psafe.com/dfndr-lab/pt-br/?utm_source=blog&utm_content=pandemia), que sinaliza em poucos segundos se uma página pode oferecer ameaça. Também é importante manter um software antivírus instalado em seu celular com Android ou iPhone (iOS).

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