1 de maio de 2024 18:43

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Efeito pandemia? Divórcios crescem no Brasil em junho, após permissão para processo online

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Efeito pandemia? Divórcios crescem no Brasil em junho, após permissão para processo online

No primeiro mês em que casais puderam se divorciar pela internet, por conta da pandemia do novo coronavírus, as separações registradas em cartórios cresceram no país. Em junho deste ano, 5.306 casais se divorciaram, contra 5.209 em junho de 2019; em relação ao mês passado, também houve aumento: foram 4.471 em maio.

Os dados são do Colégio Notarial do Brasil, que representa os tabeliães de notas que atuam em cartórios pelo país. De acordo com o levantamento, o mês de junho foi o que mais registrou divórcios neste ano.

Em todo o primeiro semestre de 2020, houve redução no número de divórcios registrados no país: foram 26.976, total 25% menor que os 35.563 contabilizados no mesmo período de 2019. Em abril, quando as medidas de distanciamento social atingiam todo o país de forma mais restrita, foram apenas 2.868 casos, o menor total dos últimos seis meses.

Divórcios registrados no Brasil em 2019 e 2020
Em maio, as separações registradas em cartórios cresceram 55% e, no mês passado, atingiram um pico. De acordo com o levantamento, entre maio e junho, houve aumento no número de divórcios em 24 unidades da federação. As maiores altas ocorreram nos seguintes estados:

O total registrado no mês passado também é 1,9% maior que o do mesmo período de 2019, antes do início da pandemia.

Separação na pandemia

De acordo com a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) Larissa Polejack, o confinamento causado pela pandemia faz com que as pessoas realizem uma série de adaptações que podem, consequentemente, ocasionar o “estressamento nas relações”.

Apesar disso, ela acredita que a decisão de separar ocorre por conta de problemas que já ocorriam na relação.

“Já existia ali algum conflito subjacente ou algo difícil na relação do casal e que ficava diluído na rotina do dia a dia, porque saía para trabalhar, ir levar o filho na escola, encontrava outras pessoas e, aí foi tocando a vida desse jeito”, explica.

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