19 de abril de 2024 02:56

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Golpes contra pessoas idosas aumentam durante pandemia; veja o que fazer para evitar golpistas

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Golpes contra pessoas idosas aumentam durante pandemia; veja o que fazer para evitar golpistas

Dados do Governo Federal apontam que desde o anúncio do distanciamento social devido a pandemia de coronavírus, houve considerável aumento de violências praticadas contra idosos no Brasil. Golpistas sempre agiram contra idosos e pessoas mais vulneráveis, mas, aproveitam-se deste momento de fragilidade emocional maior para vitimar pessoas idosas.

De acordo com o membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), doutor em Demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor e pesquisador na área de envelhecimento e pessoas idosas, Rodrigo Arantes, além dos golpes via telefone e redes sociais, os criminosos por muitas vezes induzem as pessoas idosas a abrirem as portas de casa para falsos agentes de saúde que podem roubá-los, fazerem assinar procurações, e até violenta-los.

“Aproveitando-se deste momento de menor contato social das pessoas idosas (por ficarem mais em casa em razão de pertencerem ao grupo de risco), golpistas têm praticado golpes telefonando e exigindo quantias de dinheiro por falso sequestro de um parente, por exemplo. Os idosos são um grupo populacional em que a incidência de depressão já é alta em tempos em que não se é exigido o distanciamento social, imagine nesta época em que menos relações sociais são exigidas pela pandemia, os idosos podem estar mais tristes por não terem alguém com quem conversar, sem poder sair, e isso pode ser um ‘prato cheio’ para os golpistas”, esclareceu o pesquisador.

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Miguel Viana Costa, 70 anos, conta que por várias vezes quase foi vítima de golpes aplicados por telefone. “Eles ligam, se identificam como sendo atendentes de empresas com as quais não tenho nenhum vínculo, perguntam o nosso nome completo, a idade e depois começam a pedir informações bancárias. Moro com meus filhos e eles me orientam para não cair nesses golpes, mas penso naqueles outros idosos que não têm ajuda para lidar com isso”, disse.

A gerente da Gerência de Diversidade e Inclusão Social, a qual está ligada a pasta do idoso na Seciju, disse que esse momento de pandemia ampliou alguns problemas, como essa questão de golpes e violência contra nossos idosos, que estão em isolamento social. “Nossa Gerência está à disposição para auxiliar nas denúncias e apoiar esse grupo que por muitas vezes ficam desassistidos. Devemos cuidar de quem sempre cuidou de nós. Se perceber alguma tentativa de golpe, ligue para o Disque 100 e denuncie”, concluiu.

Dicas e cuidados para não cair em golpes

· Nunca forneça dados pessoais pelo telefone;

Caso liguem falando de sequestro de membro familiar, exigindo depósitos em dinheiro, desligue imediatamente e logo após, ligue para a pessoa da família para checar a veracidade das informações.

· Nunca abra porta para desconhecidos que dizem fazer pesquisas sobre Covid-19 ou que ofereçam qualquer ajuda;

Na dúvida, consulte alguém da família para discutir se é verdade ou não o que as pessoas estranhas estão dizendo (motivo pelo qual querem adentrar a casa).

· Não aceite a ajuda de estranhos em Terminais de Autoatendimento bancário;

Caso precise de ajuda, peça a um funcionário do banco ou retorne com outra pessoa de sua confiança no banco.

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Caso perceba que está sendo vítima em um golpe, chame a polícia e faça Boletim de Ocorrência (BO).

 

Quando o malfeitor é alguém da família?

Dados do MMFDH mostram que cerca de 75% de violências praticadas contra pessoas idosas, tem por sujeito ativo alguém que faz parte do seio familiar. Desta forma, muitos idosos tendem a acobertar situações de violências sofridas para que aquele parente não seja indiciado. “Não devemos nos calar como redes de vizinhos, amigos ou familiares próximos a idosos e denunciar sempre a violência praticada contra pessoas idosas. Canais de denúncias: Ministério Público, Conselhos de Direitos (municipais e estadual), delegacias especializadas e CRAS/CREAs dos municípios”, explicou Rodrigo Arantes.

 

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