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Pais denunciam Colégio Militar de Araguaína ao Ministério Público por falta de estrutura para atender os estudantes
Um grupo de pais foi até o Ministério Público Estadual para denunciar as condições precárias de um prédio onde passou a funcionar uma unidade do Colégio Militar em Araguaína. Eles alegam que o imóvel não é adequado para atender os cerca de 600 estudantes.
A Secretaria Estadual da Educação informou que já está disponível na conta da escola R$ 100 mil para os reparos e pintura do prédio e que a unidade já está fazendo a cotação para dar início às aulas. Disse também que uma reforma geral na estrutura do colégio já está sendo estudada.
No prédio funcionava o Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, mas em dezembro do ano passado, o governo estadual implantou no local a 14ª unidade do Colégio Militar. A unidade que atendia cerca de 250 alunos cresceu, após a iniciativa do poder público.
“Foi um sonho porque a gente já tinha vontade de colocar ela [a filha] no Colégio Militar. Eu fiz o pré-cadastro, mas ela não foi sorteada e a escola disponibilizou algumas vagas de pais que tinham desistido de matricular os seus filhos. Eu e outros pais dormimos na porta da escola para poder conseguir essa vaga”, disse a autônoma Flávia Propércio.
Após o início das aulas, uma comissão de pais foi criada para cobrar uma solução. “Seu filho fica lá o dia todo e você fica em casa preocupado. Será que estão resolvendo, vão resolver? Queríamos também transparência em relação a isso, um posicionamento da secretaria da educação do estado a nos informar que existe recurso, que existe a dotação”, contador Fábio dos Anjos.
“Muitos alunos passando mal, não tem onde descansar, não tem cadeira suficiente. As portas não têm maçaneta e nós tivemos acesso a um laudo de uma vistoria de um engenheiro eletricista que foi feita em julho do ano passado e lá ele condena toda a parte elétrica do prédio. É uma situação preocupante e a iminência de tragédia é grande”, servidor público Daniel Lopes.
Durante uma reunião no Ministério Público Estadual, um ofício foi entregue apontando os problemas no colégio. De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Alves, no ano passado foram feitas vistorias em várias escolas para avaliar as condições estruturais e foi dado um prazo de 30 dias para que o Estado apresentasse um cronograma de obras na unidade.
“Eles não cumpriram esse prazo. O Ministério Público agora vai pedir ao juiz o andamento dessas ações civis públicas e apreciação da liminar para estruturação adequadas das escolas e a reforma”, explicou o promotor.
Com informações do G1 Tocantins.
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