Massacre de Altamira, declarações de Bolsonaro e crise no INPE marcam semana

A semana que termina neste sábado (3) foi marcada pelo confronto entre integrantes de facções no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, que deixou 58 mortos dentro do local e outros 4 fora. Além da polêmica com o presidente Jair Bolsonaro, que disse que o pai do presidente da OAB foi morto por militantes de esquerda, o que contraria documentos oficiais do próprio governo, da exoneração do diretor do Inpe, Ricardo Galvão, e da redução da Selic, de 6,5% para 6%.  Relembre estes e outros acontecimentos nas próximas fotos.

O diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, será exonerado do cargo após a polêmica em torno de dados de desmatamento da Amazônia.  A informação foi confirmada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A decisão foi tomada em reunião em Brasília de Galvão com o ministro Marcos Pontes nesta sexta-feira (2). Em nota, o INPE afirma que não vai se manifestar sobre o assunto .

Pela primeira vez em um ano e quatro meses, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 6% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que esperavam corte de 0,25 ponto. Com a decisão, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Um confronto entre integrantes das facções criminosas CCA (Comando Classe A) e Comando Vermelho terminou com 58 presos do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, mortos dentro do presídio, na segunda-feira (29). No dia seguinte, os presos sobreviventes foram transferidos para a capital do Estado e, durante o transporte, mais quatro pessoas foram mortas entre os municípios de Novo Repartimento e Marabá. De acordo com a secretaria da Segurança, os presos foram mortos por sufocamento em duas celas.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, causou polêmica na última segunda-feira (29) ao dizer que poderia “contar a verdade” sobre como o pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, que é desaparecido político, morreu: assassinado por militantes de esquerda. A afirmação contraria documentos oficiais do próprio governo. Na quinta-feira (1º), o ministro do STF Luís Roberto Barroso deu um prazo de 15 dias para Bolsonaro, desde que concorde, apresentar esclarecimentos sobre a declaração. O presidente disse que vai se explicar.

Os quatro presos na Operação Spoofing sob suspeita de terem invadido celulares de centenas autoridades, entre elas o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e o chefe da Lava Jato Deltan Dallagnol, participaram da audiência de custódia na última terça-feira (30). Eles foram ouvidos pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal, e viram o pedido de revogação da prisão temporária ser negado. Com isso, os supostos invasores seguem detidos. Na quinta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o envio à Corte de uma cópia do inquérito da operação.

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