16 de abril de 2024 15:35

Brasil

Entenda a crise de asma que matou a escritora Fernanda Young

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Entenda a crise de asma que matou a escritora Fernanda Young

Apesar de pouco comum, a morte por crise asmática é um risco para determinados pacientes, como ocorreu com a escritora e atriz Fernanda Young, de 49 anos.

Fernanda tinha asma desde a infância, passou mal no sítio da família, em Gonçalves (MG) , e o quadro evoluiu para uma parada cardíaca.

No Brasil, foram registrados em 2017, segundo o Datasus, 2.477 mortes decorrentes de asma. Se considerado que até 1/4 da população sofre com essa condição, o número pode ser tido como baixo, afirma o médico pneumologista Francisco Mazon. Quase metade desses óbitos se refere a pessoas acima de 60 anos.

Pacientes asmáticos, explica o médico, devem ter acompanhamento médico rotineiro, já que as crises podem aparecer de repente.

“Quando a crise é grave, ela pode ser fatal em um curto espaço de tempo. O comportamento da asma naquela pessoa também te diz alguma coisa. Um dos principais fatores de risco para crise grave é já ter tido outra crise grave antes.”

Em crises graves, é importante que, além de ter os medicamentos corretos, o paciente procure atendimento hospitalar rapidamente.

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Mazon explica que as crises de asma são classificadas de leve a muito grave, sendo que a mais severa compromete o nível de consciência.

“Na crise leve, o estado neurológico, o nível de consciência é normal. Na moderada, a pessoa fica agitada. Na asma grave, pode começar a ficar sonolenta. Para tentar respirar melhor, o corpo estimula que respire mais rápido, só que chega uma hora que a musculatura não aguenta. Um adulto respira entre 6 e 12 vezes por minuto. Se a pessoa está com uma crise asmática grave, pode chegar de 30 a 40 vezes por minuto.”

A respiração acelerada faz também com que o coração bata mais rápido. “É uma resposta do corpo para tentar transportar mais oxigênio”, observa o médico.

Em uma crise grave, a pessoa “está na iminência de ter uma parada respiratória, que se segue de uma parada cardíaca”, afirma Mazon, a exemplo do que ocorreu com a escritora.

O pneumologista afirma que pacientes asmáticos precisam ter os medicamentos corretos para tomar na hora das crises. Ele acrescenta que usar apenas a bombinha de broncodilatador (um dos tipos mais usados é o sulfato de salbutamol, ou Aerolin), pode piorar o quadro.

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“Muitos estudos científicos mostram que o uso de broncodilatador isolado em asmáticos aumenta o risco de morte.”

Além do broncodilatador, é preciso usar corticoides por via inalatória. “A asma é uma bronquite, que nada mais é do que uma inflamação dos brônquios. Por isso, se usa um anti-inflamatório pulmonar, que é uma bombinha que tem corticoide. Ele tem uma ação preventiva, por assim dizer, e pode até ser usado durante a crise.”

Mas em crises intensas, o paciente deve recorrer a um corticoide pela via oral, orienta o médico.

 

Pessoas com asma devem consultar um pneumologista regularmente para obter as prescrições e orientações necessárias e jamais se automedicar.

A asma é uma doença crônica, cujos sintomas podem variar de acordo com a idade.

Isso significa que um indivíduo que teve asma na infância ou adolescência pode ter menos sintomas, mas não estará curado da doença na idade adulta.

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Alguns fatores externos têm potencial para contribuir para uma crise de asma, como variação climática, poeira, pelos de animais, mofo, ácaro, fungos, doenças infecciosas (gripe), exercícios físicos e alguns medicamentos.

De acordo com o Manual Merck de Medicina, “uma crise de asma pode começar subitamente com sibilos [chiado no peito], tosse e falta de ar. Outras vezes, uma crise de asma pode surgir lentamente, com piora gradual dos sintomas. Em ambos os casos, as pessoas com asma, no geral, sentem inicialmente falta de ar, tosse e pressão no tórax. A crise pode durar apenas alguns minutos, horas ou dias. Coceira no tórax ou no pescoço pode ser um sintoma precoce, especialmente em crianças. Tosse seca durante a noite ou durante a prática de exercícios pode ser o único sintoma”.

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