29 de março de 2024 07:34

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Veja: Ataques fazem disparar preço do petróleo: entenda possíveis impactos no cenário global e no Brasil

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Veja: Ataques fazem disparar preço do petróleo: entenda possíveis impactos no cenário global e no Brasil

Os ataques feitos supostamente por drones a instalações da petroleira estatal Aramco na Arábia Saudita no último sábado (14) provocaram uma disparada nos preços do petróleo, com o barril de Brent registrando a maior alta durante uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991, em meio às preocupações com a redução da oferta global da principal fonte de combustível do planeta e da elevação da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã.

Os danos provocados pelos ataques cortaram pela metade a produção do maior exportador mundial de petróleo, provocando uma redução de cerca de 5,7 milhões de barris por dia, o que representa mais de 5% do suprimento global atual.

As autoridades sauditas ainda não informaram quanto tempo será necessário para restabelecer plenamente a produção nas instalações destruídas. Analistas acreditam que podem ser necessárias várias semanas ou até meses para o país voltar à normalidade.

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As incertezas geopolíticas e o risco de queda na oferta tende a manter os preços do barril de petróleo e dos combustíveis com viés de alta nos próximos meses, com impactos também nas bolsas e no comércio global.

No Brasil, as ações da Petrobras tendem a ter uma valorização, mas os analistas lembram também que o preço da gasolina e do diesel podem ser elevados pela estatal, que mantém um política de preços alinhados aos do mercado internacional. Por outro lado, a alta do preço do barril também pode aumentar a arrecadação do governo federal e estados produtores com royalties e participações especiais, além de contribuir para aumentar o interesse das grandes petroleiras internacionais nos próximos leilões bilionários de áreas de exploração de óleo e gás no Brasil.

Disparada de preços do petróleo

Na abertura dos mercados nesta segunda (16), a cotação do barril do tipo Brent disparou 19,5% em Londres, para US$ 71,95, a maior alta intradia desde 14 de janeiro de 1991, durante a guerra do Golfo.

Segundo informou a petroleira Aramco, os ataques provocaram uma redução de cerca de 5,7 milhões de barris por dia na produção, o que representa mais de 5% do suprimento global atual. A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo, além de ter uma grande capacidade ociosa.

“Retirar mais de 5% da oferta global de uma única tacada – um volume que é maior que o crescimento da oferta acumulado em países de fora da Opep entre 2014 e 2018 – é altamente preocupante”, escreveram, em nota, analistas do UBS.

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Os preços do petróleo reduziram o ritmo de alta nesta segunda, depois que o presidente norte-americano Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência de seu país para assegurar a estabilidade do suprimento.

Os preços médios estavam relativamente reduzidos nos últimos meses, uma consequência das reservas abundantes e dos temores de desaceleração da economia mundial, fatores que afetavam a demanda. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegou a estabelecer limites de produção para tentar manter a faixa de preço e evitar uma viés de baixa.

 

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