25 de abril de 2024 22:16

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Pai de tocantinense morta na Guiana Francesa inicia vaquinha online para conseguir repatriar o corpo da filha

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Pai de tocantinense morta na Guiana Francesa inicia vaquinha online para conseguir repatriar o corpo da filha

Nesta quarta-feira o pai da tocantinense, Romenia Brito, assassinada na Guiana Francesa, viajou para o outro país buscando encontrar uma forma de repatriar o corpo da filha e voltar ao Brasil com os dois netos. Para realizar a viagem, a família teve que pegar dinheiro emprestado e iniciou uma campanha nas redes sociais para tentar conseguir um auxílio da população. A passagem de Belém (PA) até Paramaribo, capital do Suriname, custou mais R$ 9 mil.

A tocantinense Romenia Brito, de 28 anos, foi morta a facadas em uma vila que fica nas margens do rio Lawa, na divisa da Guiana Francesa com Suriname. Segundo autoridades locais, o principal suspeito do crime é Aimar Lopes de Souza, marido da vítima. A família de Romenia é de Buriti do Tocantins, na região do Bico do Papagaio.

Eles reclamam da falta de informação e apoio do governo brasileiro. Nesta terça-feira (25), a família recebeu um e-mail do Ministério das Relações Exteriores orientando que procurassem a embaixada em Paramaribo e afirmando que a família deveria arcar com as despesas.

A mesma informação foi enviada ao deputado tocantinense Célio Moura (PT), que pediu ao Itamaraty ajuda para a família. O governo brasileiro ainda não se posicionou sobre o caso.

A família diz que não há qualquer informação por parte dos governos ou da polícia e só vai saber quanto tudo vai custar após o pai da vítima chegar a capital do Suriname. Ele está em Belém (PA) e deve pegar um avião ainda durante a tarde para chegar a Paramaribo por volta das 16h.

“A gente não tem informações, não tem parente lá e ninguém que possa dar informação. O governo e as polícias de lá não passaram de nada. Estavam recebendo informações de vizinhos enquanto o corpo estava na vila onde o crime aconteceu”, contou Holanda Brito Reis, irmã da vítima.

Para conseguir o dinheiro da passagem a família fez uma vaquinha entre os parentes e precisou pegar dinheiro emprestado. “Tivemos ajuda de amigos, da família, pegou emprestado para conseguir chegar lá. O custeio para ficar lá vai ser todo por nossa conta e para voltar e trazer as crianças não sabemos como vai ficar. Só o necrotério onde o corpo está soubemos que a diária é de 80 dólares”.

“Aqui na cidade está tendo um festejo e nós tiramos uma foto com o padre que batizou a gente quando éramos criança. Eu mandei a foto por volta das 6h40 e vi que ela ficou online horas antes, 4h26, e até estranhei porque costumava acordar mais tarde. Logo depois uma mulher me ligou do número dela [da irmã] e disse que minha irmã tinha morrido”, contou.

Entenda

 

Segundo a família, o principal suspeito do crime é o próprio marido dela, Aimar Lopes de Souza, que também é brasileiro. Ele teria sido preso pelas autoridades locais.

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