Covid-19: Vereadora Iolanda Castro defende prioridade na vacinação dos profissionais que atuam na área da saúde estética em Palmas

A vereadora de Palmas, Professora Iolanda Castro (PROS), apresentou na Sessão Ordinária da Câmara, nesta terça-feira, 20, um requerimento solicitando ao Município que seja dada prioridade à vacinação dos profissionais da estética, visto que são integrantes da área da saúde, conforme categorização da Classificação Brasileira de Ocupação – CBO.

De acordo com a parlamentar, os esteticistas integram equipes multidisciplinares de atenção à saúde, atuando com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros nos cuidados de pacientes com as mais diversas disfunções ou patologias. ”Nada justifica a exclusão dos profissionais esteticistas, os quais cuidam diretamente da saúde e bem estar da população do rol dos profissionais com direito à vacina em um período de tamanha necessidade de apoio social”, defendeu.

Reconsideração e inclusão dos profissionais

No requerimento, Professora Iolanda Castro destaca que os esteticistas foram os únicos profissionais de saúde que não foram contemplados na categorização apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde. ”Em diálogo com profissionais esteticistas de Palmas, percebi a vital importância da reconsideração e inclusão, com urgência, destes profissionais da saúde na prioridade de vacinação contra a Covid-19. Devido ao exercício profissional, eles correm alto risco de contágio e possível transmissão da doença”, afirmou a vereadora.

Profissão esteticista: regulamentação e reconhecimento como profissional de saúde

Segundo a vereadora, desde o ano de 2011, os esteticistas foram reclassificados para a Classificação Brasileira de Ocupação CBO 3221 – Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas, passando a compor a mesma CBO dos Técnicos de acupuntura, quiropraxistas, podólogos e massoterapeutas, profissionais que atuam na área da saúde, serviços sociais e serviços pessoais.

Dentre as atividades exercidas e constantes na CBO dos esteticistas estão aplicar procedimentos em pré e pós cirúrgicos; aplicar técnicas de eletroterapia (pré e pós cirúrgica, tratamentos facial, corporal e capilar); aplicar emolientes, medicamentos, cosméticos e cosmecêuticos; prescrever cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais; trabalhar em equipe multi e interdisciplinar, dentre várias outras as quais já eram de sua competência como as práticas de embelezamento.

Assim como a CBO, o MEC classifica os Cursos de Estética e Cosmética no eixo ambiente e saúde, estabelecendo como áreas de prosseguimento dos estudos pós-graduações interdisciplinares na área de Saúde e Ciências Biológicas, entre outras.

O último e grande passo para a profissão veio em 2018 com a promulgação da lei 13.643, onde a profissão de Esteticista passou a ser regulamentada, estabelecendo qualificações necessárias para o seu exercício e futuras normatizações.
Apesar de sucinta, a lei trouxe garantias importantes para a profissão do esteticista. Logo no artigo primeiro diz: “Esta Lei regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética”.

A estética é hoje uma das mais novas profissões regulamentadas no Brasil, e a cada dia alcança mais seu espaço, tanto no mercado de trabalho, quanto no campo acadêmico e científico. Os esteticistas integram equipes multidisciplinares de atenção à saúde, atuando com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros nos cuidados de pacientes com as mais diversas disfunções ou patologias.

Segundo a OMS “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social”, e não apenas a ausência de doenças. Muitos estudos provam que a insatisfação com a aparência contribui para depressão, ansiedade, anorexia e outros. Sua estética afeta sua autoestima e confiança, o que acaba afetando sua saúde psicológica, por exemplo.