20 de abril de 2024 07:11


Saúde

Teste do Pezinho será ampliado pelo SUS e poderá identificar anticorpos da Covid-19; saiba mais

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Teste do Pezinho será ampliado pelo SUS e poderá identificar anticorpos da Covid-19; saiba mais

Domingo, 06, é o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um exame neonatal capaz de identificar se o bebê nasceu com alguma doença. Esse diagnóstico é importante e gratuito, tanto na rede pública quanto na particular. O teste detectava seis enfermidades, mas logo será bem mais amplo. O Congresso aprovou recentemente um projeto que aumenta para 50 as doenças rastreadas pelo exame, e o texto (PL 5.043/2020) deu origem à Lei 14.154, sancionada na quarta-feira, 02. A ampliação deve começar em maio de 2022.

O teste completa 45 anos no Brasil em 2021 e traz duas novidades, a conquista da ampliação das doenças detectadas no exame gratuito disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e uma pesquisa em andamento feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o resultado do teste em bebês que já nasceram com anticorpos para a Covid-19 após as mães terem sido infectadas pelo coronavírus durante a gestação.

Teste ampliado
Foi sancionada no final de maio a lei que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho feito pelo SUS, o que antes era possível apenas em testes ampliados disponíveis na rede particular. “A Sociedade Brasileira de Pediatria é totalmente favorável à ampliação do teste do pezinho. O estudo passará de seis para mais de 50 doenças congênitas que são graves na infância e que seu diagnóstico precoce aumenta a sobrevida, a qualidade de vida e saúde das crianças acometidas”, destaca a pediatra Evelyn Rabelo.

As seis doenças abrangidas atualmente são: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Com a nova lei, o exame passará a abranger 14 grupos de doenças, que podem identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde. Ela entra em vigor um ano depois de ser publicada, ou seja, a partir de maio de 2022. O processo de ampliação do teste será feito de forma escalonada. O Ministério da Saúde tem até quatro anos para concluir a ampliação do exame.

A coleta de sangue deverá ser feita, preferencialmente, entre o 3° e o 5° dia de vida e sempre após 48 horas da primeira amamentação/alimentação do recém-nascido. Não há impedimento para as crianças que passarem do prazo indicado. “O teste do pezinho deve ser realizado até 28 dias de vida do bebê. É extremamente necessário diagnosticar precocemente doenças que causam altos índices de adoecimento e mortalidade. Caso haja diagnóstico e tratamento precoces dessas doenças congênitas reduzimos drasticamente sua evolução negativa. Além disso, ajuda as famílias a serem triadas em aconselhamentos genéticos para que saibam as possibilidades de ter novos filhos com a mesma doença e assim possam evitá-las”, salienta Evelyn Rabelo.

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