Palmas
Cachorro é esfaqueado durante invasão em residência em Palmas e dona vende artesanato para pagar veterinário
Após ter sua casa invadida em Palmas, uma professora teve sérios prejuízos, apesar de nada ter sido roubado, seu cão Marx, foi esfaqueado e sofreu graves ferimentos. Por não ter condições de pagar todo o tratamento, que custa R$ 7 mil, Gleys Ramos, está vendendo artesanato para arrecadar dinheiro e conseguir a quantia.
O ataque aconteceu perto do portão da casa, que foi aberto. A professora conta que correu para socorrer o animal. Ao ver a boca de Marx sangrando achou que ele teria atacado alguém. Por causa da agressão, o animal perdeu alguns dentes.
“Na hora achei que ele tinha tentado atacar uma pessoa que tinha tentado entrar em casa, mas depois vi o corte no abdome dele. A boca estava saindo muito sangue. Também fui em todos os vizinhos, mas ninguém foi ferido”, disse.
O caso foi na última quarta-feira (29). Após ser levado a uma clínica veterinária o cão passou por várias cirurgias e os profissionais constataram que as agressões se concentraram na barriga e na boca. “A língua dele foi muito machucada”, contou Gleys.
O animal deve receber alta nesta sexta-feira (31) e vai seguir um pós-operatório em casa. “Ele vai ficar com sonda e vou precisar ter muitos outros cuidados”, explicou a professora.
Gleys diz que já solicitou imagens de câmeras de monitoramento de uma torre que fica na frente da residência. Além de querer ver Marx recuperado, quer saber quem atacou o animal. “Ele é muito dócil e ainda que fosse um animal perigoso, nada justifica isso”, lamentou.
Para conseguir o valor necessário para pagar a clínica veterinária, Gleys está arrecadando dinheiro. Ela já vendeu vários objetos de casa e também oferta serviços como formatação e revisão de trabalhos acadêmicos e análise e consultoria de projetos de pesquisa.
A mulher também resolveu comercializar artesanato. “Faço mimos a partir de uma técnica chamada ‘Hama Beads’. São miçangas que são usadas para fazer brincos, chaveiros, figuras em geral. Eu faço qualquer coisa. Usava essa técnica como terapia e forma de presentear amigas. Não tinha vendido ainda”.
Do total da dívida, ela já conseguiu pagar R$ 3.119,50 e falta mais da metade do valor. A professora diz ainda que também aceita doações. “Não tenho vergonha de reconhecer que nesse momento eu não posso sozinha”, finalizou.
Com informações do G1 Tocantins.
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