29 de março de 2024 11:36

Tecnologia

Professora tocantinense chega à segunda etapa do Prêmio Professor Transformador

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Professora tocantinense chega à segunda etapa do Prêmio Professor Transformador

Educar e inspirar mentes, materializando projetos que contribuam para as transformações dos estudantes e, consequentemente, do mundo ao seu redor. Essas são características dos dois trabalhos desenvolvidos no Colégio Estadual Henrique Cirqueira Amorim, de Araguaína, pela professora Ionara Miranda da Cunha, e que chegam à segunda etapa da 1ª Edição do Prêmio Professor Transformador, organizado pela rede de educadores e pesquisadores Base2Edu e pela Bett Educar. Por ter chegado à segunda fase do Prêmio, a professora já recebeu um certificado e o selo Professor Transformador 2020.

Com os Projetos #Vivaadiferença e Borboletas Amarelas, a professora trabalhou a educação socioemocional dos estudantes do 6°ao 9°ano do ensino fundamental em um processo, por meio do qual os alunos aprendem, dentro do currículo escolar, a refletir sobre seu papel na sociedade, suas emoções e sua relação com o próximo. “Com os projetos, buscamos fazer com que os estudantes reconheçam as suas forças e entendam suas fraquezas, para que possam buscar meios que possibilitem superar os seus desafios e medos”, explicou Ionara.

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Projeto Borboletas Amarelas

No Projeto Borboletas Amarelas foram trabalhadas questões ligadas à depressão, automutilação, síndrome do pânico, comportamento agressivo, transtorno bipolar e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), ansiedade e pensamentos suicidas. O nome do projeto é uma referência à metamorfose pela qual a lagarta passa até se transformar em uma borboleta, do mesmo modo que muitos estudantes se encontram na fase do casulo, aprisionados em suas dores, precisando passar por uma transformação, conforme explicou a professora.

“Para ajudar os alunos a relatar sua dor, criei a carta do desabafo. Eles deveriam escrever a carta onde poderiam relatar suas angústias, o que os deixavam deprimidos. Alguns alunos optaram por escrever a carta na minha aula de redação, enquanto outros pediram para levar para casa. Levei os alunos que preferiram escrever a carta na escola para o pátio onde podiam ficar mais à vontade, foi um momento bem emotivo, pois muitos escreviam a carta chorando. As cartas foram guardadas lacradas”, ressaltou.

Também foram realizadas ações em parceria com a Justiça Restaurativa da 2ª Vara Criminal e Execuções Penais da Comarca de Araguaína, que realizou ciclo de conversa na unidade de ensino. “Após a escrita da carta, os alunos conseguiram falar sobre suas dores e angústias. No final do ano, as cartas do projeto desabafo foram lidas pelos que desejavam fazer isso e, na sequência, todas foram queimadas para simbolizar que, assim como elas, a dor e angústia também poderiam acabar”.

Projeto #Vivaadiferença

Já no Projeto #Vivaadiferença foi trabalhado o enfrentamento do bullying e do cyberbullying, a partir do diálogo com vítima e com o agressor. “Tinha uma caixa que eu levava para a sala de aula onde os alunos podiam colocar um bilhete identificando o agressor e o tipo de bulliyng praticado. Mas, como muitas vítimas tinham vergonha ou medo de denunciar, mesmo através do bilhete, criei uma patrulha de cada sala, que funcionava como uma vigilância”.

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De acordo com a professora idealizadora do projeto, a parceria entre a família e a escola foi primordial para que os resultados esperados fossem alcançados. Em caso de reincidência do bullying e do cyberbullying, as famílias eram chamadas na escola para um diálogo conjunto. Como um ato concreto de reconciliação entre os estudantes, os agressores eram provocados a escreverem uma carta de pedido de desculpas.

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