18 de abril de 2024 11:52

Tocantins

Em tradições culturais e reservas indígenas, Tocantins mostra sua diversidade

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Em tradições culturais e reservas indígenas, Tocantins mostra sua diversidade

Por muito tempo, os confins da Eurásia e de parte da África eram o bastante para conter os ânimos comerciais e exploratórios dos povos europeus que deram a largada na criação de estados-nação. Mas logo se viu que as rotas marítimas para cruzar os continentes colados um no outro pela superfície terrestre poderia ser um empreendimento muito mais lucrativo.

O contexto de concorrência entre esses estados permitiu que grandes explorações começassem a ser feitas para descobrir as novas rotas para os grandes polos comerciais que se encontravam a milhares de quilômetros distantes das grandes feiras europeias – grande parte delas no território que hoje se denomina Itália. E da parte mais ao oeste do continente, nas cidades costeiras de Portugal e da Espanha, saíram exploradores portugueses, espanhóis, florentinos, e de tantas outras origens em uma busca incerta, mas com grande potencial de retorno.

Muitos falharam, e infelizmente suas histórias ficaram perdidas por conta disso. Mas temos até hoje o registro daqueles que foram bem sucedidos, de Cristóvão Colombo a Vasco da Gama. Além claro de sentirmos até hoje os efeitos destas explorações em nossa história, inclusive no Tocantins, que é casa de tradições culturais que nasceram da interação entre os vários povos que compõem o Brasil; e também de terras indígenas que só foram “descobertas” centenas de anos após a chegada dos europeus em Terra Brasilis, por meio da exploração contínua dos bandeirantes.

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A diversidade de tradições culturais do Tocantins é evidenciada pela cavalhada e pela sússia. A primeira tem origem na catequização dos povos indígena e negro que compunham não só as regiões dominadas pelas fazendas sob posse dos portugueses no estado, mas também no resto das regiões norte e nordeste. Esta é uma representação folclórica dos esforços de reconquistar a península ibérica por portugueses e espanhóis numa luta que durou anos contra os árabes que ocupavam a região durante a Idade Média.

Já a sússia é uma dança tradicional entre os povos compostos por descentes de escravos, principalmente nas cidades que possuem comunidades quilombolas. A dança é marcada por cuícas e tambores, e/ou com caixas, pandeiros e violas dependendo da região que a executa. E na sússia, encontra-se a jiquitaia que é um dos seus passos mais famosos.

Quanto ao convívio indígena, as primeiras interações entre os nativos brasileiros e os portugueses que exploravam o território não foram positivas. Mas com o tempo, a conscientização das gerações vindouras quanto a importância da cultura indígena na formação da identidade nacional deu ao povo remanescente o direito a terras indígenas que são hoje protegidas por grandes órgãos nacionais, como explicado no https://soudepalmas.com.br, sendo a atuação destes órgãos supervisionada por entidades supranacionais.

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Entre as influências culturais que saíram a partir da cultura indígena no Brasil e em outras partes do globo, pode-se listar a trilogia escrita por José de Alencar – O Guarani, Iracema e Ubirajara – que foram obras seminais do movimento indianista dentro da literatura brasileira no século XIX. A novela Aritana, exibida pela TV Tupi entre 1978 e 1979, tinha como trama principal os esforços de um descendente indígena em proteger a terra de seus antepassados. Vê-se inspiração semelhante no jogo Wild Spirit da Unique Casino, um dos cassinos listados na https://www.casinos.pt/, cuja base visual são as lendas dos guerreiros indígenas estadunidenses. Estes também inspiraram o filme japonês Princesa Mononoke, dos estúdios Ghibli; e Atanarjuat – O Corredor Mais Veloz, sobre o herói de mesmo nome.

Em um contexto de crise como o que estamos atualmente, é fácil perder de vista a importância destas questões culturais frente aos problemas econômicos que tem sido enfrentados pelo mundo. O mesmo vale para a luta contra problemas ambientais que acabam envolvendo a proteção de terras hoje ocupadas pelas tribos indígenas, que acabam ajudando os nossos oficiais de governo nos esforços de coibir ações danosas à natureza que em muitos casos visam apenas a expansão dos ganhos pessoais de um empresário.

É importante não deixar isso ser esquecido frente ao grande esquema das coisas. É uma missão bem difícil em tempos tão atribulados, mas não tão diferentes de outras crises que nós e nossos ancestrais já viveram em anos anteriores. Além disso, a cada crise que se passa, mais lições ficam para que possamos lidar com elas quando a próxima má fase estiver no horizonte.

Enquanto isso, é vital continuar a proteger o legado cultural dos povos que por aqui passaram, e também daqueles que lhe são remanescentes. Sem esquecer o lema do estado: “Este solo é a nossa terra”.

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